Wednesday, November 19, 2008

É tudo uma questão de ....

Algemados. É assim que nos percebemos diante da imprensa "atualmente". Dependendo dos jornais para situarmos no tempo e espaço, não raramente olhamos para o lado e só enxergamos o cabresto. Fomos domesticados!

A imprensa livre (ha-ha-ha) está afundada até o branco dos olhos em partidarismos, jogos de interesses e negligência. Noticiando apenas o que lhe convém, priva a nós, os "informados", de acontecimentos e informações relevantes para a realidade atual. Em meio à maior crise econômica dos últimos sessenta anos, o Jornal Hoje exibe receitas de alimentos, cartas ao papai-noel e/ou desfile da Victoria Secrets . Onde está nossa voz pra exigir informações imparciais? Está abafada pelo som alto de Créu, divulgado e praticamente empurrado guela abaixo sobre nós por esta mesma imprensa.

É certo, também, que nós estamos com o papel da mídia. Com a globalização, a internet, uma quantidade enorme de informações (verdadeiras ou não) é lançada sobre nós. Sem digerir, nos tornamos bancos de dados, cujas informações são números, tabelas, gráficos memorizados e mecanicamente repetidos. Sem criticidade, "levamos a vida antes que ela nos leve".

Amparados por uma imprensa vendida e uma consciência de papel, aprendemos a manter uma mente fechada, um raciocínio sem exercício. Somos máquinas (imperfeitas) das revoluções industriais que vivemos. Nos domesticamos!

Thursday, November 13, 2008

Regência inquietante!

Há algum tempo a mente egoísta de uma certa vestibulanda não se atem a emoções fortes com conflitos externos. Por mais que a razão indique um momento crítico para a segurança nacional com a greve dos policiais; ou o absurdo da tortura de dois maconheirozinhos no Rio; ou o Obama Hussein no poder; que seja a crise norte-americana, mísseis iranianos... tudo isso não cria um sentimento crônico nessa máquina (defeituosa) de marcar X.

E essa apatia diante do mundo cria uma preocupação: estarei sucumbindo à massa de gentes indiferentes a o que acontece ou deixa de acontecer fora do seu raio de 2 km ?

Amparados pelo capitalismo e sua livre-concorrência e o já prosaico darwinismo social nos acostumamos a uma idéia de individualidade. Até o orkut, cuja função prática ainda se questiona, repete cotidianamente "O primeiro e único amor é o amor-próprio". E encharcados de egoísmo, assistimos a (repare na regência!!!) crueldade da vida real com o desleixo da voz de Sandrinha Annemberg. E assistimos à fome nas esquinas, à violência nas ruas e à desigualdade social - sem assistir (sem preposição) sequer um infeliz!

Nessa expressão maluca de pensamentos e questionamentos, sem estrutura nenhuma (a Cláudia que não leia), espero fazer da procura um encontro. E, ainda mais, encontrar uma realidade passageira, uma preocupação momentânea com gabaritos em branco que, num futuro próximo, será revertida em ações, para que eu deixe de assistir A...

Tuesday, November 04, 2008

O céu não é o limite!

O processo de globalização, iniciado ainda no século XV com as Grandes navegações, encontra-se no contexto atual em seu auge. Os três oceanos que dividiam a Terra em seis continentes se tornaram pontes de integração política, econômica e social entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos - nesta ordem de dominação.

A aglutinação do globo feita de forma dominadora pelos países ditos de 1º mundo trouxe uma manutenção da dependência econômica dos países 3º mundistas. As multi e transnacionais asfixiaram a indústria nacional frágil do hemisfério sul, de modo que os produtos de consumo sejam os mesmos em todas as esquinas do mundo. E a criação de bolsas de valores, símbolos majoritários da globalização, atrela diretamente todos os países em uma única negociação - na qual quem possuir o maior poder de barganha, lucra.

A Islândia, por exemplo, que é um vulcão com uma bolsa de valores construída, mostrou ao mundo que a Teoria do Caos (salmo 21 da bíblia globalizada) funciona muito bem, obrigada. Com o início da crise norte-americana, o valor internacional das ações islandesas caiu mais de 100% em um dia. A constatação da impotência financeira de um país diante da crise do outro é, deste modo, imediata.

E um isolamento desta globalização pode ser ainda mais prejudicial. Cuba, que ainda se diz socialista e é boicotada mundo afora, sofre com arcaísmos em diversos setores da sociedade. A ausência de indústrias desenvolvidas abstem o país de tecnologias comuns em qualquer outro país do globo.

É, portanto, nítida a relação de dependência insana que foi riada entre "as aldeias" de todo o mundo. Reféns da globalização e filhos de pátria nenhuma, torcemos para uma borboleta não bater as asas na China porque segundo a Teoria do Caos o tufão seia produzido aqui (e nós é que pagaríamos a conta).