Cultivando meu eu apolítico
"O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto idéia, aquilo que já não está ao alcance dos nossos sentidos..."
Sendo assim...
As risadas compartilhadas com a Karyne
As noites de sono profundo compartilhadas com a Karyne
As discussões filosóficas absurdas travadas com a Karyne
Os planos maléficos arquitetados com a Lethícia
Assistir 11 homens e um segredo com a Lethícia
Sair pra tomar sorvete escondido da população com a Lethícia
Ficar emputecida com o Zé.
Estar extremamente nervosa com as provocações do Zé.
Não entender o que ele quis dizer e, assim, discutir com o Zé.
E, mesmo assim, deitar na rede e ficar enjoada com os embalos do vento, na casa do Zé.
Ir no parque Elza Vendrame com Laydi.
Tomar sorvete no tio Patinhas com Laydi.
Fazer concurso de música com Laydi.
Ir ao MS canta Brasil com o Olívio.
Ver a lua sorrindo pra mim mostrada pelo Olívio.
Ficar ruborizada pela falsidade dos comentários agradáveis do Olívio.
Sair de Cassilândia com um sorriso assim no rosto...
Voltar pra Cassilândia com uma mala de saudades
Voltar pra Campo Grande com uma mala de ânimo
Deixar a preguiça e o bicho-papão com a dona Célia
Escutar as explicações do seu David
Brigar com o Iti
Sentir o cheiro de macio do cabelo da Cy
Ver a meiguice da Lari tomar conta da sala
Invejar a inteligência do Gui
Derrubar a bastilha com o Le
Rir da cara do Pato
Admirar a aula e o estilo do Rossine
Empolgar com as redações da Cláudia
E, cultivadas, uma após uma, infelizmente a sensação passa. Mas a memória não é curta, e só fazer uso da linguagem, pra ativar tudo outra vez...